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Alimentos que matam lentamente

Publicado em: 16 de dezembro de 2022
Por Comunicação Joel Nunes

Metade da população brasileira consome alimentos processados (Crédito: vistacreate)

Eles são práticos no preparo, mas prejudiciais à saúde por serem pobres nutricionalmente.

Ter uma boa alimentação é essencial na vida do ser humano, comer de forma adequada é sinônimo de saúde e longevidade. Porém, devido à correria do dia a dia, a falta de condições financeiras e até mesmo o estado emocional do indivíduo, faz com que os produtos processados e ultraprocessados, estejam cada vez mais presentes nas mesas dos brasileiros, evitando assim, que eles façam escolhas saudáveis.

Itens como salsinha, linguiça, margarina e macarrão instantâneo, são alguns dos vilões.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que alimentos processados representam 50,5% da alimentação geral do País, ou seja, os brasileiros consomem mais alimentos prejudiciais para a saúde.  

Por outro lado, 49,5%, das calorias disponíveis para consumo nos domicílios brasileiros, provém de alimentos in natura, que são obtidos diretamente de plantas ou animais, frutas, folhas, legumes, vegetais, entre outros. Ou alimentos minimamente processados.

Alimentos processados representam 50,5% da alimentação geral do País.

Veja a classificação dos produtos ultraprocessados, processados, minimamente processados, segundo o Ministério da Saúde.

Ultraprocessados – Aqueles que são formulações industriais feitas tipicamente com cinco ou mais ingredientes. Pobres nutricionalmente e ricos em calorias, açúcar, gorduras, sal e aditivos químicos, com sabor realçado e maior prazo de validade (Biscoitos, sorvetes, bolos, cereais, macarrão e temperos “instantâneos”, salgadinhos, pães de forma, hambúrguer, salsichas, margarina, refrigerantes e outros aditivos químicos).

Processados – Conforme a classificação, são produtos fabricados com a adição de sal, açúcar, óleo ou vinagre. (Enlatados e conservas; extratos ou concentrados de tomates, frutas em calda, carne salgadas, queijos e pães).

Minimamente processados – São aqueles alimentos in natura que sofreram alterações mínimas na indústria, como moagem, secagem, pasteurização etc.

Ingredientes culinários processados – Devem ser utilizados com moderação em preparações culinárias baseadas em alimentos in natura e minimamente processados, que tornam a alimentação ainda mais apetitosa. (Óleo, gorduras, sal e açúcar).

Um estudo do Datafolha, encomendado pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC), mostrou que brasileiros entre 45 e 55 anos consumiram mais alimentos processados durante a pandemia.

Ainda segundo o IDEC, um levantamento feito em 2020 abordou pessoas entre 18 e 55 anos pertencentes a todas as classes econômicas e de todas as regiões do Brasil, e revela que salgadinhos de pacote ou biscoitos salgados foram os produtos campeões de consumo em comparação com o levantamento realizado em 2019, subindo de 30% para 35%. O segundo lugar no ranking ficou para margarina, maionese, ketchup ou outros molhos industrializados, cujo consumo subiu de 50% para 54% em 2020.

Vale ressaltar, que o aumento do consumo de alimentos processados pode afetar diretamente à saúde dos brasileiros e favorecer a ocorrência de doenças crônicas nos rins, obesidade, hipertensão, diabetes, desnutrição e câncer.

Para a nutricionista e professora na Universidade de São Paulo (USP), Sophie Deram, “a indústria está fazendo uma festa de ultraprocessados no Brasil, e com certeza tem que ter um olhar mais firme do governo para limitar esses excessos. As multinacionais fazem no Brasil coisas que não se permitiriam fazer em outros países”, finalizou.

Evitar o consumo de produtos processados e buscar ter hábitos saudáveis na alimentação, são as melhores opções para quem busca mais qualidade de vida.

Fontes: IBGE, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, Ministério da Saúde, BBC News Brasil

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