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O papel da família no combate à violência nas escolas

Publicado em: 2 de junho de 2023
Por Comunicação Joel Nunes

Vivenciamos tempos difíceis em todo o mundo, nunca se viu tantas situações de violência e descaso no espaço educacional. Crianças, adolescentes e professores são vítimas de casos estarrecedores de agressão dentro das unidades escolares. Infelizmente, locais que deveriam ser ambientes seguros de formação intelectual, tornaram-se espaços de ataques violentos que deixam traumas difíceis de apagar da memória. 

Mas qual é o motivo desse crescente número de ataques nas instituições de ensino?

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define a violência como o uso da força física, poder, em ameaça contra si próprio ou outra pessoa, grupo ou comunidade. Essa violência pode ser física, verbal, psicológica, moral ou sexual.

Dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostram que o Brasil lidera o ranking de violência nas escolas. O levantamento feito em 2019 revelou que as escolas brasileiras são locais propícios ao bullying e à intimidação. Também indicou que cerca de 10% das unidades escolares pesquisadas registraram episódios semanais de intimidação ou abuso verbal contra educadores.

Especialistas também alertaram que o distanciamento social durante o período da pandemia foi o elemento primordial para o aumento da violência nesses grupos, pois muitas crianças e adolescentes passaram a utilizar a internet com mais regularidade, e, com o uso de jogos violentos, notou-se a mudança de comportamento e o aumento de pensamentos agressivos.

Recentemente, acompanhamos estarrecidos notícias sobre o ataque que ocorreu na escola estadual Thomazia Montoro, localizada na Vila Sônia, zona Oeste de São Paulo, que deixou uma professora morta e cinco pessoas feridas. Um adolescente de 13 anos entrou na sala de aula com uma faca e desferiu golpes nas costas da professora Elisabeth Tenreiro, de 71 anos, que não resistiu aos ferimentos e veio a óbito, além de ferir outros alunos. Infelizmente, ocorrências dessa natureza tem acontecido com mais frequência.

É fundamental que o poder público adote medidas de prevenção e combate para esse tipo de tragédia, buscando projetos que visem mais segurança nas instituições e conscientizem os profissionais e alunos sobre a necessidade de cuidar da saúde física e mental.

Incentivar a participação das famílias no ambiente educacional é outro ponto essencial, pois os pais precisam saber como os seus filhos interagem com professores e colegas. Pais e responsáveis devem ter um diálogo aberto com os menores, orientando sobre os perigos e consequências das suas escolhas e ações. É preciso também estabelecer limites e monitorar o acesso à internet.

Não podemos esquecer que os vínculos familiares são extremamente importantes dentro de um lar, já que estabelecem conceitos e valores positivos para crianças e adolescentes. O comportamento em casa refletirá nas atitudes que os filhos terão na rua, no trabalho ou na escola. Cito aqui uma passagem bíblica que ajuda a refletir sobre o tema: “Ensine a criança no caminho em que deve andar, e ainda quando for velho não se desviará dele” (Provérbios 22:6).

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